A necessidade de reduzir custos e ao mesmo tempo adotar práticas cada vez mais sustentáveis tem ganhado força no setor industrial brasileiro. Prova disso é que a Malwee, uma das mais tradicionais empresas têxteis de Santa Catarina, acaba de anunciar um investimento de R$ 100 milhões em projetos que incluem a implantação de sistemas fotovoltaicos para abastecer parte da operação fabril.

Os recursos, que serão aplicados em três anos, devem ser divididos em três frentes: R$ 10 milhões em programas de sustentabilidade, como reuso da água; tecnologias para reduzir o consumo da água e instalação de sistemas de energia solar no parque fabril. Já R$ 25 milhões serão destinados em maquinário para modernizar a manufatura e aumentar a produtividade. Os outros R$ 65 milhões serão aplicados em tecnologia e inovação, e no desenvolvimento de negócios via e-commerce.

Cuidar dos impactos da indústria no meio ambiente não é novidade para a Malwee, que recebeu ano passado o troféu Onda Verde, concedido aos vencedores da 25ª edição do Prêmio Expressão Ecologia, cuja premiação é reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente.

Na ocasião o Grupo ficou em primeiro lugar na categoria Energia Limpa pela implantação de um projeto que substituiu caldeiras de gás natural (GN) por caldeiras de biomassa (cavaco de madeira), um combustível renovável, obtido a partir da trituração de resíduos de serraria e ponteiras de pinus/eucaliptos. Somente este processo possibilitou a redução de 77% na emissão de gases de efeito estufa (GEE).

A Malwee fatura mais de R$ 1 bilhão por ano e conta atualmente com cerca de seis mil colaboradores. A produção é de 35 milhões de peças anuais, em quatro fábricas, que abastecem 24 mil pontos de venda no Brasil.